terça-feira, 18 de novembro de 2008

Estado planeja reservar recursos para atender pedidos de enquadramento por formação de professores

A espera de professores da rede pública estadual pelo enquadramento por formação, solicitado em 2006 e 2007, pode chegar ao fim com o novo ano que se aproxima. A Secretaria estadual de Planejamento (Seplag) pretende empenhar (criar obrigação de pagamento) a despesa necessária para atender 3.255 pedidos em 2009. O impacto orçamentário ainda está sendo calculado.

O enquadramento é o aumento a que os professores têm direito quando conquistam um diploma de nível de escolaridade superior ao exigido pelo cargo que ocupam no estado.

Os processos são referentes aos dois semestres de 2006 e ao primeiro de 2007. Na última vez em que foi concedido, em julho do ano passado, o enquadramento representou reajustes de 12%, 24% ou 36%, conforme a titulação do docente (curso normal, graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado ou pós-doutorado).

Segundo a Secretaria de Educação, o benefício ficou congelado de 1995 a 2007. Do ano passado até agora, já foram contemplados 7.892 servidores. Os pedidos que estão com a Seplag já foram aprovados pela Educação.

Os professores podem dar entrada no enquadramento nos meses de março e agosto de cada ano. Para isso, é preciso apresentar a documentação que comprove a graduação.

O problema do Nova Escola

Se o enquadramento por formação deve acertar contas em 2009, o mesmo não pode ser dito sobre o programa Nova Escola. Quem entrou na Educação a partir de 2006, nunca viu a cor do dinheiro das gratificações. A Secretaria estadual de Educação informou que, como não houve mais avaliação dos profissionais nos últimos dois anos, quem ingressou na rede a partir daí não recebeu porque não havia parâmetro para calcular a gratificação, que é variável. Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), cerca de 20 mil servidores ativos estão sem o Nova Escola.

Não há prazos

E parece que essa situação ainda vai demorar para ser resolvida. No início de outubro, a secretária de Educação, Tereza Porto, anunciou que um valor fixo de cem reais seria incorporado aos contracheques de quem não recebe o Nova Escola, mas até agora isso não aconteceu. Durante a campanha eleitoral, o governador Sérgio Cabral prometeu acabar com o programa e adicionar as gratificações aos salários, mas, segundo a Secretaria de Planejamento, o tema ainda está em estudo.

(Fonte: Jornal Extra)

Será que isso realmente se resolver?

Por Cristiane Teixeira

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Professores usam blogs para ensinar e motivar alunos

Acessar diariamente o blog da professora de língua portuguesa Roberta Ramos para fazer exercícios gramaticais já virou rotina para os alunos de 6ª séria do Colégio São Luis, no bairro Cerqueira César, em São Paulo. Até o ano passado, eles não tinham tanto interesse em aprimorar a ortografia. A mudança foi motivada por uma estratégia simples da educadora: lançar desafios gramaticais no blog sem avisar a data. O aluno que enviasse a resposta primeiro, ganharia um chocolate da professora.
Nem a professora esperava uma reação tão positiva. "Quando tive a idéia achei que poucos acessariam", dia Roberta. "Mas o mistério e a competicão fez os alunos acessarem freqüentemente o blog. O bom é que todos passaram a resolver os exercícios, já que não têm como saber a ordem de acesso. Só no dia seguinte, em aula, é que divulgo o resultado."
O blog se tornou uma espécie de continuidade das aulas já que, além dos desafios, Roberta coloca no site tarefas extras e gabaritos de provas. Entre os exercícios, destaque para o uso das letras de Tom Jobim para análise sintática e jogos virtuais, para a produção de textos. Para a surpresa de Roberta, que dá aulas há 22 anos e começou a usar o blog no ano passado, alunos que não se interessavam pela matéria se tornaram freqüentadores assíduos. "Tenho um aluno que era bem desinteressado. Agora ele sempre ganha o desafio por ser o primeiro a postar as respostas. Isso mudou a postura dele em classe", conta a professora.


Blog da Professora Roberta Ramos:
http://www.blogger.com/profile/02389219068709927213

Por Maitê Chaves Macedo


Também se interessou pelo texto?
Professores, esta pode ser uma boa idéia para motivar seus alunos!
Alunos, montem um blog com sua turma!
Mas, não se esqueçam de fazer comentários sobre este texto.

Conceito insuficiente está de volta

Cláudia Costin, escolhida para a Educação, é a favor da reprovação, mas ainda não sabe como a adotará no Rio

O conceito insuficiente (I) voltará a fazer parte do dia-a-dia dos alunos da rede municipal de educação do Rio.
Ele fora retirado da avaliação em 2007, quando as escolas passaram a ser organizadas por ciclos(com reprovação a cada três anos).
A futura secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, anunciada ontem pelo prefeito eleito Eduardo Paes, quer acabar com a aprovação automática, mas, segundo ela, sem "mascarar as dificuldades dos alunos".

- Acho ruim proibir o "I". Se a criança teve um desempenho insuficiente, tem que ser dito aos pais, professores e alunos, inclusive por meio de boletins - afirmou ela.

Para garantir o aprendizado dos estudantes, a futura secretária se comprometeu garantir aulas de reforço para os alunos. Cláudia, no entanto, ainda não sabe como ocorrerá a reprovação.

- Num hospital, você não pode dar alta a quem não está recuperado. No nosso caso, temos que garantir reforço ou que o aluno passe de ano com uma dependência em uma matéria - explicou Cláudia, sem ainda confirmar que modelo de reprovação irá adotar.

A certeza que a secretária já tem é de continuar com os ciclos na alfabetização (antigo C.A à 2ª série). As séries poderão voltar nos demais anos após um debate com os professores.
Cláudia Costin se comprometeu ainda aumentar o número de escolas com ensino integral e triplicar as vagas em creches.

Especialista em Gestão
A futura secretária ocupa, atualmente, a vice-presidência da Fundação Victor Civita. Ela foi ministra da Administração Federal e Reforma do Estado no governo Fernando Henrique e secretária estadual da Cultura em São Paulo.

(Fonte: Jornal Extra, Sábado 8 de Novembro de 2008).

Por Maitê Chaves Macedo.
Você, que é Professor ou aluno, expresse sua idéia sobre o modelo atual e o que pode ser modificado na nova Gestão da Secretaria de Educação para que melhorias aconteçam!!!!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Samba do Acordo Ortográfico



Gostaram?
Por Cristiane Teixeira

Poucas palavras

A Fliporto 2008 (Festa Literária Internacional do Porto de Galhinhas) este ano aconteceu entre 6 e 9 de Novembro e nela foi anunciado o vencedor do prêmio literatura pelo celular, da operadora Oi. Para concorrer a essa competição literária menos valia mais, ou seja, o competidor deveria criar um texto com até 160 caracteres, original e enviar por celulares da operadora. A idéia é um estímulo criativo, embora o prêmio em dinheiro fosse baixo: R$ 3 mil ao primeiro colocado, R$ 2 mil ao segundo e R$ 1 mil para o terceiro.
(Fonte: Revista Língua Portuguesa - Novembro de 2008)

Iniciativas como esta são validas dentro e fora das salas de aula para colocar o estudante em contato direto com as diferentes modalidades de escrita e as aulas mais agradáveis. Afinal, uma carta, um e-mail, um artigo, uma redação, um texto via celular, entre outras modalidades escritas, tem características diferentes e existem para fins distintos. Dessa forma seus conteúdos devem também ser organizados de acordo com o meio utilizado para passar uma informação.
O que pensam a respeito?
Por Cristiane Teixeir
a

Faça sua parte, adote um 'Trema'

Li esse artigo no jornal de hoje e achei bárbaro. Resolvi postá-lo, não para voltarmos ao tema já levantado para debate nesse blog e que está relacionado com a nova ortográfia que entrará em vigor em Janeiro de 2009. O intuito real foi o de falarmos sobre o que o nosso português deixará de lado, sem função. Trata-se de uma forma de nos despedirmos de elementos da nossa língua que nos acompanharam e nos serviram durante muitos anos e que agora vão ser abandonados, esquecidos nas velhas gramáticas.
Por Cristiane Teixeira



Era uma vez, num país não tão distante, um sujeito muito trabalhador. Dedicava-se como ninguém a cumprir sua função, e olha que nem sempre ele era reconhecido por isso.

Seu nome era Trema. Ele vinha de uma grande família de sinais gráficos famosa na Alemanha, na França, na Suécia e em Portugal. De Portugal ele havia emigrado ainda jovem para o Brasil, junto com outros colegas, como a Crase e o Acento Agudo. Alguns destes colegas tinham apelidos: o Acento Circunflexo, por exemplo, todos chamavam de "Chapeuzinho". Mas o Trema sempre se considerou uma pessoa importante, que não podia correr o risco de se vulgarizar, e por isso nunca adotou um apelido.

A tarefa do Trema? Era das mais importantes. Ele era responsável por ensinar aos falantes da língua, especialmente aos leitores de um texto escrito, a pronúncia correta das palavras. Nesta profissão, o Trema acabou encontrando e fazendo ótimos amigos. Durante anos, foi sempre visto de mãos dadas com uma turma de ditongos.

Acontece que havia gente que olhava o Trema com cara feia. No começo, ele não se importava. Nunca fizera mal a quem quer que fosse! Nunca sequer se divertira assustando vestibulandos - alguns de seus colegas, como o Acento Grave, gostavam de fazer isso, mas não ele! Porém, com o tempo e com as repetidas injustiças de que era vítima, aquilo passou a incomodá-lo.

Começou aos poucos, na surdina. Veio na escalada do crime que acometia as grandes cidades do país. Jornais e periódicos passaram a seqüestrar o Trema que havia na palavra seqüestro. "Sequestro". A princípio, ninguém se deu conta. Quando perceberam, ao invés de chamarem a polícia e resgatarem o pobre seqüestrado, usaram o fato como arma: esse Trema é tão inútil que ninguém sente falta dele!

E então veio o movimento. Passeatas. Abaixo-assinados de estudantes de Língua Portuguesa que tinham senhoras gordas e carrancudas como professoras. Pressionaram a Academia. Esta enviou um memorando ao Governo. O Governo se fechou numa reunião séria e debateu, debateu. Criaram um Grupo de Trabalho. Anos e anos de discussão, atividade de lobistas, jogo de interesses. E o Ministério dos Sinais Gráficos veio com a sentença:

- O Trema, meliante de notória atividade subversiva, fica condenado ao exílio perpétuo, devendo deixar este país em primeiro de janeiro. Caso se recuse a cumprir a pena, as Autoridades Literárias têm o aval para utilizar a força buscando o extermínio definitivo do Trema. Outros sinais gráficos que tenham tido contato com o condenado, como o Acento Agudo e o Acento Circunflexo, passam a serem considerados subversivos e fica proibida sua presença em assembléias, vôos, sobrevôos e afins.

Imaginem o desespero do coitado do Trema! Ele, que nunca fizera mal a ninguém! Expulso de um país que ele amava tanto! Proibido de fazer o trabalho que ele tanto amava!

O Trema passou meses deprimido, sem saber o que fazer. Até que, num canal da televisão, viu por acaso a palestra de um especialista em mercado (ou marketing, como dizem em português). Tratava-se de um consultor aparentemente muito famoso, que fez uma longa explanação sobre nichos de mercado, planejamento estratégico, foco no cliente, tempestades cerebrais e, por fim, sobre como se adaptar ao mercado para manter-se nele.

Vocês acreditam que, neste momento, deu-se um estalo na cabeça do Trema, uma lâmpada se acendeu e ele teve uma idéia? Decidiu sair da letargia. Estava salvo! Mas era preciso diversificar. Pensou em distribuir folhetos explicando sua tragédia pessoal e vendendo sua idéia. Em esquinas. Em ônibus. De porta em porta. Foi assim que eu recebi um destes folhetos. E aderi à campanha.

Tudo o que o Trema quer é um emprego honesto, ajudar na evolução desta Língua Portuguesa que ele tanto ama, vocês sabem? Longe dele querer ser contra a evolução: ele só quer poder contribuir.

Por isso, o Trema está se oferecendo para, a partir do próximo ano, assumir uma vaga de Dois Pontos. E ele conta conosco. Vejam, ele se dispõe a sair da horizontal e passar os dias na vertical. Ele pede a nossa ajuda. Em primeiro de janeiro, adotem um Trema: não deixem de colocar Dois Pontos em seus escritos.

Artigo do leitor Eduardo Trindade
(Fonte Jornal O Globo - 13/11/08)

Obs: O jornal mencionado está recendo artigos de seus leitores sobre a reforma ortográfica e publicando. Quem desejar se aventurar é só enviar seu texto através do link na página do mesmo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Enen e Enade são realmente válidos?

Enem - Exame Nacional do Ensino Médio - O principal objetivo do Enem é a avaliação das habilidades e competências dos estudantes, mas, um ponto importante talvez seja a sua diferença das provas comuns de vestibular: A prova do Enem é contextualizada e interdisciplinar, exigindo do candidato menos memorização excessiva dos conteúdos e mais demonstrações de sua capacidade de “como fazer”, colocar em prática os conhecimentos adquiridos nos anos de ensino médio. Ao contrário do “decoreba” comum dos vestibulares, a prova do Enem faz com quem o aluno pense, raciocine e formule respostas de acordo com o que aprendeu e vivenciou.

Enad - Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.

Em sua opinião provas como essas podem ajudar os alunos realmente? E no que tange a qualidade da educação oferecida nas escolas e faculdades, farão alguma diferença?

Por: Cristiane Teixeira

sábado, 8 de novembro de 2008

Reprovação só ao fim do ciclo continua

A promessa de revogação do sistema de aprovação automática nas escolas, feita na campanha pelo prefeito eleito Eduardo Paes (PMDB), pareceu cair por terra ontem, nas palavras da nova secretária de Educação, a professora e ex-ministra Cláudia Costin, apresentada na Fundação Getúlio Vargas (FGV). O processo de avaliação contínua, em ciclos — conhecido pejorativamente como aprovação automática —, permanecerá. Porém, com o diferencial do investimento no reforço para os alunos.

“O sistema de ciclos virou sinônimo de aprovação automática pela forma com que foi feito no Rio, sem investimentos em professores e no reforço escolar. Faremos isso, com prioridade para o primeiro ano”, disse Cláudia, referindo-se ao início do primeiro ciclo, faixa dos 6 anos, equivalente à antiga classe de alfabetização. “É inaceitável ver crianças aos 10 anos sem alfabetização. Daremos condições para que aprendam, e há caminhos no orçamento”, disse.

A outra ponta do investimento, apontada por Cláudia como fundamental, é a capacitação dos professores, que pode ser feita em parceria com universidades. “Eles são as peças-chaves e terão cursos o ano inteiro”, afirmou.

Especialistas avaliam que, para o êxito da avaliação continuada e o acompanhamento do reforço escolar, é preciso contratar professores com maior jornada de trabalho. “A avaliação em ciclos precisa de investimentos em professores e aumento da carga horária, que é irrisória”, disse Bertha Reis, professora de Políticas Públicas em Educação da Uerj.

“O reforço proposto é incompatível com o número de professores. Há salas superlotadas e carência de profissionais”, diz Danilo Serafim, coordenador-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). Ele informa que a média é de 40 alunos por sala. Com 1.200 escolas e 700 mil alunos, o Rio tem 30 mil professores. A contratação de mestres foi promessa de campanha.

(Fonte: O Dia - 08/11/08)

As promessas já começaram a ser modificadas, pelo menos no que diz respeito a educação. Você acredita que apenas aulas de reforço seriam suficientes?? Contratar novos professores com maior jornada de trabalho não seria o mesmo que passar a responsabilidade a diante??

Por Cristiane Teixeira

domingo, 2 de novembro de 2008

Professor e aluno de escola pública terão prêmio em dinheiro


Eduardo Paes, em entrevista ao Jornal O Dia, responde a várias perguntas sobre educação e diz que pretende estender a professores que se destacarem bônus dado a estudantes.

_O senhor diz que o fim da aprovação automática será seu primeiro ato de governo. Mas sua política educacional ainda não ficou clara. O senhor vai manter o sistema de ciclos e incluir a possibilidade de reprovação dos alunos ou voltará ao sistema tradicional?
—O que eu quero é que esse sistema, que não tem nada a ver com ciclo, acabe.

—Mas qual é a diretriz que o senhor quer que o secretário de Educação siga?
—É que se tenha reforço escolar, ampliação grande no número de oferta de vagas em creche, universalização da pré-escola, o professor ser bem tratado e requalificado o tempo todo. A escola vai funcionar. São os compromissos que assumi durante a campanha.

—O senhor pretende manter a premiação com dinheiro aos melhores alunos?
—Acho interessante. Vamos manter. Quer dizer, no atual sistema não é, pois a escola não estimula ninguém. A premiação fica até uma coisa meio solta no ar. Mas fazendo com que as pessoas possam ser estimuladas é uma boa iniciativa.

—Haverá algum tipo de premiação aos professores?
—Isso pode acontecer. Vai ser estudado. Mas isso vai competir ao futuro secretário de Educação.

(Fonte: O Dia - 01/11/08)

O que achou das respostas? Comentem.

Por Cristiane Teixeira


quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Progressão continuada ou Aprovação automática?

O sistema de avaliação denominado progressão continuada na rede estadual de ensino, tal como vem sendo realizado, resulta na simples, aprovação automática dos alunos. Fato que permite que muitos desses alunos sejam promovidos aos ciclos seguintes sem que tenham absorvido os conteúdos ministrados e, portanto, sem que lhes tenham sido assegurado o direito de acesso ao conhecimento historicamente acumulado e o instrumental necessário ao sucesso escolar e ao seu progresso profissional e social.

Nosso mais novo prefeito Eduardo Paes, em sua campanha, prometeu determinar como primeiro ato de sua gestão, em janeiro de 2009, o fim da aprovação automática nas escolas da rede pública municipal de ensino. Se cumprir a promessa que fez, as regras atuais que determinaram a extensão do sistema de ciclos a todo o ensino fundamental do município devem ser radicalmente alteradas.

- Vamos acabar com o sistema de ciclos como está aí. O primeiro ciclo, que já existe há algum tempo, até foi bem implantado. Precisamos repensar toda essa questão da educação - disse Paes, acrescentando: - Vou me reunir com os professores para decidir o que será feito. O magistério do Rio é o melhor do Brasil.

(Fonte: Jornal Extra - 29/10/08)

O que pensa a respeito?

Por Cristiane Teixeira

O Novo Acordo Ortográfico

O projeto do Novo Acordo Ortográfico, oficialmente chamado Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, visa mais à padronização do que à simplificação do sistema ortográfico em vigor até 1993. Seu objetivo é padronizar alguns poucos pontos discordantes, como o emprego do hífen, algumas regas de acentuação e a queda de conso antes mudas (o que afeta diretamente a grafia lusitana de algumas palavras, como projecto, facto, objectivo, actual, etc.).

Ora, se as modificações são tão pequenas, por que tantas vozes a favor ou contra o Novo Acordo?

Os que defendem as alterações propostas argumentam que a padronização ortográfica “virá estimular o intercâmbio cultural entre Portugal e Brasil”. Ou seja, a leitura de um livro português ficará mais acessível ao leitor brasileiro e vice-versa.

Os que não vêem maior importância nas alterações propostas argumenta a dificuldade que um brasileiro encontra em ler um livro português (e vice-versa) não está na variação ortográfica ou sintática, e sim na significação das palavras (que configura uma questão semântica e não ortográfica!).

(Fonte: http://www.portrasdasletras.com.br)

Sendo a favor ou contra você também será afetado por essa mudança. Como você analisa essa situação?

Por Cristiane Teixeira

Caso Complicado

Um amigo, também professor, me contou que no colégio particular onde trabalha um aluno do nono ano tentou o suicídio por ingestão de remédios. O fato se deu antes do mesmo sair de casa e não dentro do estabelecimento de ensino, mas foi no mesmo que as reações começaram até culminar com um desmaio. Uma ambulância foi chamada e os médicos tiveram bastante trabalho para reanimá-lo. Os pais não foram encontrados, porém uma tia os representou. Ela chorava muito e contou, ou melhor, desabafou que não era a primeira vez que ele fazia isso. Já para o colégio foi uma surpresa porque o referido aluno nunca havia apresentado grandes problemas e seus representantes legais nada haviam informado a esse respeito.

Você professor o que faria num caso desses? E você aluno como se sentiria sendo aluno da mesma turma? Pais tirariam seus filhos dessa escola?

Por Cristiane Teixeira

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Modernização: necessária ou não?




A imagem mostra uma das inovações tecnológicas para as salas de aula, uma lousa eletrônica. Esse aparelho, assim como as aulas digitais e em terceira dimensão e a existência de um portal eletrônico do colégio no qual os alunos pudessem tirar dúvidas em casa com professore on-line seriam algumas das novidades do mercado para tornar as aulas mais dinâmicas e modernas.

Seguindo esse raciocínio as escolas estariam ampliando o grau de aprendizagem de seus alunos, tornando-os mais competitivos e bem preparados para o futuro mercado de trabalho implementando cada vez mais tecnologia em seu estabelecimento de ensino. Pois, dessa maneira, seus professores poderiam dar mais velozes a suas aulas e seus alunos absorveriam o conteúdo de forma mais rápida, eficaz e eficiente.

Entretanto, tudo que é novo torna-se alvo de críticas contrárias e favoráveis a sua implementação. E você o que acha?

Por Cristiane Teixeira

Transpondo barreiras

Resenha do livro Como um romance de Daniel Pennac.

Trata-se de uma obra de fácil leitura que fará com que jovens e adultos, sendo eles alunos, pais, professore ou qualquer pessoa fora do meio acadêmico se questionem a respeito da forma como vêem um livro e o ato de ler. Dêem uma lida na resenha porque com certeza ela servira de convite a leitura do livro.

O trabalho em questão levanta, ainda, um questionamento sobre as formas de se conduzir uma aula. Existem regras para uma boa aula? E o que podemos chamar de uma boa aula? Será que diferentes turmas pedem formas distintas de ensino para que o conteúdo seja absorvido com mais eficácia?

Mesmo sem ler o livro deixa sua opinião registrada, pois sua opinião a respeito de nossas postagens é a razão da existência desse blog.

Por Cristiane Teixeira



Algo bem maior do que apenas gostar de ler

(Um ensaio sobre o amor aos livros e os inúmeros prazeres que a leitura pode proporcionar)

Como um romance é um ensaio sobre a arte da leitura baseado nas experiências do próprio autor, Daniel Pennac, enquanto professor e em sua convivência com seu filho no período da alfabetização.

É composto por 4 (quatro) capítulos em um total de 167 (cento e sessenta e sete) páginas que apresentam detalhadamente a questão da leitura de forma inteligente, poética e descritiva. Para tanto, Pennac, no decorrer de sua obra, questiona por que os adolescentes não gostam de ler e propõe meios para pais e professores conseguirem aproximá-los dos livros. Tem como intenção final mostrar que a satisfação alcançada através da prática deste ato não é algo que se obrigue alguém a ter, mas sim que pode ser aprendido.

Assim, através da recriação do ambiente de uma sala de aula e de momentos compartilhados entre o professor e seus alunos, o autor objetiva mostrar aos adolescentes que o ato de ler deve ser encarado como um prazer, jamais como uma necessidade. E é aí que reside todo o charme do livro, uma vez que ele ensina como recuperar nos alunos o gosto pela leitura.

Mais que isso, Pennac quer mostrar que num século dominado pelas facilidades tecnológicas e, conseqüentemente, pela comunicação em massa, ainda se deve cultivar esse ato tão esquecido. E é com esse fim que ele estabelece imagens que fazem brotar sensações agradáveis relacionadas à prática da leitura em quem lê sua obra, despertando nos jovens leitores uma vontade ou, pelo menos, curiosidade de ler um livro, mesmo que como um simples teste.

Entretanto, é no final da obra que fica bastante óbvio que a intenção não se restringe à criação de rótulos para um leitor ideal. Pelo contrário, o autor cria uma espécie de guia para estabelecer os direitos de um leitor e não, como seria de se esperar, de seus deveres. Nele, são enumerados 10 (dez) itens imprescindíveis, entre os quais se encontram: o de ler qualquer coisa, o de não terminar o livro, o de pular páginas e, até mesmo o de não gostar de ler. Afinal, a leitura deve ser um convite feito aos leitores para que eles tenham satisfação no processo e não uma imposição.

É claro que, na atualidade, muitas são as comodidades que facilitam o cotidiano de crianças, jovens e adultos, melhorando e tornando a vida de todos mais divertida. Não se pode negar que elas são muito boas e que tornam mais interessante a vida de todos. Porém, as inovações trazidas pela modernidade vieram para somar, para melhorar as condições da existência humana e não para subtrair ou excluir outros atos. Isso inclui a leitura de livros e, como bem aponta Pennac em seu ensaio, as fantásticas e divertidas viagens por ele proporcionadas. Pois, esse pequeno amontoado de páginas e frases pode ser responsável por momentos únicos de grande satisfação. E é apenas quando lemos o que gostamos ou o que nos interessa que conseguimos alcançar tal resultado.

Por outro lado, a comparação da mensagem de jamais desistir de lutar por seus ideais do romancista e professor Daniel Pennac com a do irresistível professor de inglês John Keating, personagem de Robin Willians no filme Sociedade do Poetas Mortos, de Peter Weir, torna-se inevitável. Enquanto o primeiro procura resgatar nos jovens a paixão que ele mesmo nutre pela leitura de forma bastante tranqüila e sem regras, o último chega para lecionar em um rígido e tradicional colégio para rapazes com métodos de ensino pouco convencionais e transforma a rotina do currículo desta tradicional e arcaica instituição. Ambos com humor e sabedoria inspiram seus alunos a seguirem os próprios sonhos e a valorizar as pequenas coisas como um bom livro.

Enfim, trata-se de uma excelente obra para jovens e adultos, independente deles serem alunos ou profissionais de educação, pais em pânico com a falta de interesse pela leitura de seus filhos ou, ainda, para aqueles que vêem os livros como verdadeiros problemas.

Essa obra, simples e bem organizada, mudará totalmente a forma como uma pessoa vê um livro e o ato de ler.

Por Cristiane Teixeira