quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Progressão continuada ou Aprovação automática?

O sistema de avaliação denominado progressão continuada na rede estadual de ensino, tal como vem sendo realizado, resulta na simples, aprovação automática dos alunos. Fato que permite que muitos desses alunos sejam promovidos aos ciclos seguintes sem que tenham absorvido os conteúdos ministrados e, portanto, sem que lhes tenham sido assegurado o direito de acesso ao conhecimento historicamente acumulado e o instrumental necessário ao sucesso escolar e ao seu progresso profissional e social.

Nosso mais novo prefeito Eduardo Paes, em sua campanha, prometeu determinar como primeiro ato de sua gestão, em janeiro de 2009, o fim da aprovação automática nas escolas da rede pública municipal de ensino. Se cumprir a promessa que fez, as regras atuais que determinaram a extensão do sistema de ciclos a todo o ensino fundamental do município devem ser radicalmente alteradas.

- Vamos acabar com o sistema de ciclos como está aí. O primeiro ciclo, que já existe há algum tempo, até foi bem implantado. Precisamos repensar toda essa questão da educação - disse Paes, acrescentando: - Vou me reunir com os professores para decidir o que será feito. O magistério do Rio é o melhor do Brasil.

(Fonte: Jornal Extra - 29/10/08)

O que pensa a respeito?

Por Cristiane Teixeira

O Novo Acordo Ortográfico

O projeto do Novo Acordo Ortográfico, oficialmente chamado Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, visa mais à padronização do que à simplificação do sistema ortográfico em vigor até 1993. Seu objetivo é padronizar alguns poucos pontos discordantes, como o emprego do hífen, algumas regas de acentuação e a queda de conso antes mudas (o que afeta diretamente a grafia lusitana de algumas palavras, como projecto, facto, objectivo, actual, etc.).

Ora, se as modificações são tão pequenas, por que tantas vozes a favor ou contra o Novo Acordo?

Os que defendem as alterações propostas argumentam que a padronização ortográfica “virá estimular o intercâmbio cultural entre Portugal e Brasil”. Ou seja, a leitura de um livro português ficará mais acessível ao leitor brasileiro e vice-versa.

Os que não vêem maior importância nas alterações propostas argumenta a dificuldade que um brasileiro encontra em ler um livro português (e vice-versa) não está na variação ortográfica ou sintática, e sim na significação das palavras (que configura uma questão semântica e não ortográfica!).

(Fonte: http://www.portrasdasletras.com.br)

Sendo a favor ou contra você também será afetado por essa mudança. Como você analisa essa situação?

Por Cristiane Teixeira

Caso Complicado

Um amigo, também professor, me contou que no colégio particular onde trabalha um aluno do nono ano tentou o suicídio por ingestão de remédios. O fato se deu antes do mesmo sair de casa e não dentro do estabelecimento de ensino, mas foi no mesmo que as reações começaram até culminar com um desmaio. Uma ambulância foi chamada e os médicos tiveram bastante trabalho para reanimá-lo. Os pais não foram encontrados, porém uma tia os representou. Ela chorava muito e contou, ou melhor, desabafou que não era a primeira vez que ele fazia isso. Já para o colégio foi uma surpresa porque o referido aluno nunca havia apresentado grandes problemas e seus representantes legais nada haviam informado a esse respeito.

Você professor o que faria num caso desses? E você aluno como se sentiria sendo aluno da mesma turma? Pais tirariam seus filhos dessa escola?

Por Cristiane Teixeira

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Modernização: necessária ou não?




A imagem mostra uma das inovações tecnológicas para as salas de aula, uma lousa eletrônica. Esse aparelho, assim como as aulas digitais e em terceira dimensão e a existência de um portal eletrônico do colégio no qual os alunos pudessem tirar dúvidas em casa com professore on-line seriam algumas das novidades do mercado para tornar as aulas mais dinâmicas e modernas.

Seguindo esse raciocínio as escolas estariam ampliando o grau de aprendizagem de seus alunos, tornando-os mais competitivos e bem preparados para o futuro mercado de trabalho implementando cada vez mais tecnologia em seu estabelecimento de ensino. Pois, dessa maneira, seus professores poderiam dar mais velozes a suas aulas e seus alunos absorveriam o conteúdo de forma mais rápida, eficaz e eficiente.

Entretanto, tudo que é novo torna-se alvo de críticas contrárias e favoráveis a sua implementação. E você o que acha?

Por Cristiane Teixeira

Transpondo barreiras

Resenha do livro Como um romance de Daniel Pennac.

Trata-se de uma obra de fácil leitura que fará com que jovens e adultos, sendo eles alunos, pais, professore ou qualquer pessoa fora do meio acadêmico se questionem a respeito da forma como vêem um livro e o ato de ler. Dêem uma lida na resenha porque com certeza ela servira de convite a leitura do livro.

O trabalho em questão levanta, ainda, um questionamento sobre as formas de se conduzir uma aula. Existem regras para uma boa aula? E o que podemos chamar de uma boa aula? Será que diferentes turmas pedem formas distintas de ensino para que o conteúdo seja absorvido com mais eficácia?

Mesmo sem ler o livro deixa sua opinião registrada, pois sua opinião a respeito de nossas postagens é a razão da existência desse blog.

Por Cristiane Teixeira



Algo bem maior do que apenas gostar de ler

(Um ensaio sobre o amor aos livros e os inúmeros prazeres que a leitura pode proporcionar)

Como um romance é um ensaio sobre a arte da leitura baseado nas experiências do próprio autor, Daniel Pennac, enquanto professor e em sua convivência com seu filho no período da alfabetização.

É composto por 4 (quatro) capítulos em um total de 167 (cento e sessenta e sete) páginas que apresentam detalhadamente a questão da leitura de forma inteligente, poética e descritiva. Para tanto, Pennac, no decorrer de sua obra, questiona por que os adolescentes não gostam de ler e propõe meios para pais e professores conseguirem aproximá-los dos livros. Tem como intenção final mostrar que a satisfação alcançada através da prática deste ato não é algo que se obrigue alguém a ter, mas sim que pode ser aprendido.

Assim, através da recriação do ambiente de uma sala de aula e de momentos compartilhados entre o professor e seus alunos, o autor objetiva mostrar aos adolescentes que o ato de ler deve ser encarado como um prazer, jamais como uma necessidade. E é aí que reside todo o charme do livro, uma vez que ele ensina como recuperar nos alunos o gosto pela leitura.

Mais que isso, Pennac quer mostrar que num século dominado pelas facilidades tecnológicas e, conseqüentemente, pela comunicação em massa, ainda se deve cultivar esse ato tão esquecido. E é com esse fim que ele estabelece imagens que fazem brotar sensações agradáveis relacionadas à prática da leitura em quem lê sua obra, despertando nos jovens leitores uma vontade ou, pelo menos, curiosidade de ler um livro, mesmo que como um simples teste.

Entretanto, é no final da obra que fica bastante óbvio que a intenção não se restringe à criação de rótulos para um leitor ideal. Pelo contrário, o autor cria uma espécie de guia para estabelecer os direitos de um leitor e não, como seria de se esperar, de seus deveres. Nele, são enumerados 10 (dez) itens imprescindíveis, entre os quais se encontram: o de ler qualquer coisa, o de não terminar o livro, o de pular páginas e, até mesmo o de não gostar de ler. Afinal, a leitura deve ser um convite feito aos leitores para que eles tenham satisfação no processo e não uma imposição.

É claro que, na atualidade, muitas são as comodidades que facilitam o cotidiano de crianças, jovens e adultos, melhorando e tornando a vida de todos mais divertida. Não se pode negar que elas são muito boas e que tornam mais interessante a vida de todos. Porém, as inovações trazidas pela modernidade vieram para somar, para melhorar as condições da existência humana e não para subtrair ou excluir outros atos. Isso inclui a leitura de livros e, como bem aponta Pennac em seu ensaio, as fantásticas e divertidas viagens por ele proporcionadas. Pois, esse pequeno amontoado de páginas e frases pode ser responsável por momentos únicos de grande satisfação. E é apenas quando lemos o que gostamos ou o que nos interessa que conseguimos alcançar tal resultado.

Por outro lado, a comparação da mensagem de jamais desistir de lutar por seus ideais do romancista e professor Daniel Pennac com a do irresistível professor de inglês John Keating, personagem de Robin Willians no filme Sociedade do Poetas Mortos, de Peter Weir, torna-se inevitável. Enquanto o primeiro procura resgatar nos jovens a paixão que ele mesmo nutre pela leitura de forma bastante tranqüila e sem regras, o último chega para lecionar em um rígido e tradicional colégio para rapazes com métodos de ensino pouco convencionais e transforma a rotina do currículo desta tradicional e arcaica instituição. Ambos com humor e sabedoria inspiram seus alunos a seguirem os próprios sonhos e a valorizar as pequenas coisas como um bom livro.

Enfim, trata-se de uma excelente obra para jovens e adultos, independente deles serem alunos ou profissionais de educação, pais em pânico com a falta de interesse pela leitura de seus filhos ou, ainda, para aqueles que vêem os livros como verdadeiros problemas.

Essa obra, simples e bem organizada, mudará totalmente a forma como uma pessoa vê um livro e o ato de ler.

Por Cristiane Teixeira

Diferentes visões do mesmo contexto



Caricatura de um professor feita espontaneamente por aluno do Ensino Médio como presente. Brincadeira? Deboche? Representação de carinho? Ou extrapolação de limites?

Para um grupo com certeza tratar-se-ia de ridicularizar o educador em questão, uma vez que até a disciplina lecionada pelo mesmo foi registrada em sua camisa, não deixando assim dúvidas a respeito de quem era o caricaturado. Outros pensariam de forma diferenciada e diriam que se tratava apenas de uma forma encontrada pelo aluno, provavelmente bom desenhista, de expressar sua gratidão por seu mestre.

Por outro lado, no desenho também é possível se notar a presença de elementos extra-colégio, marcas de um contato mais íntimo entre a dupla. Um deles, ou o mais marcante, seria a presença de um skate ao lado do professor. Fato visto como absurdo por uns e aceitável por outros.

Já você o que pensa a respeito?

Por Cristiane Teixeira